terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"Tens uma máscara, amor, violenta e lívida, te olhar é adentrar-se na vertigem do nada, iremos juntos num todo lacunoso se o teu silêncio se fizer o meu, por isso falo falo, para te exorcizar, por isso trabalho com as palavras, também para me exorcizar a mim, quebram-se os duros dos abismos, um nascível irrompe nessa molhadura de fonemas, sílabas, um nascível de luz, ausente de angústia. melhor calar quando teu nome é paixão". Hilda Hilst

2 comentários:

  1. Tudo que a madrugada traz são sombras, elas tentam gritar nas paredes, mas nada é o bastante. Não adianta a disposição em que largas o olhar, nada é o bastante. Um dia amamos e no outra tentamos vedar a boca dos vultos. Nunca houvera máscaras, tu não sabes o quanto de dor os anos podem trazer, e se sabes, sabes pouco. Ainda assim afirmo que a dor de cada um não há como mensurar. E se sei, sei pouco também...

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  2. Existe um impulso de resposta muito grande. Existe mas simplesmente tromba no nó que tem na garganta. Aquele que impede a respiração de correr solta, normal. Existe um impulso de resposta, que tromba no nó da garganta de novo, de novo e de novo. E de tanto trombar enfraquece, desiste...

    Eu desisto. Não tenho mais respostas.

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