sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Franqueza

Bonito. Tudo belo, bonito. Parece claro, sutil, limpo. Acima de tudo, limpo.
Envolta em tamanha bolha invisível, superficial e ilusória. Lembra até um comprimido, em alguns casos. O caos vem depois que o tempo passa, é o que dizem.

Teria mais cor se todos percebessem tal clareza? Seria mais certo, mais palpável?
Curiosa a forma como concordamos quando estamos na situação. Ao vivenciar fascinante deslumbre, como se tudo o que se visse, fosse azul; como se tudo o que se sentisse, fosse alegre; como se tudo o que se segurasse, fosse eterno.

E T E R N O.
de alguma forma, subjetiva palavra. Afinal, qual a grandeza em que se destaca?
Eterno 'para sempre'. Eterno em uma vida. Eterno por uma semana.

Ao sair da bolha, vire à esquerda e desconfie da eternidade.
Vire à direita e indague o concreto.
Vire do avesso e perceba a limpidez.

Limpidez essa, existente apenas na água corrente que impulsiona o comprimido para dentro do corpo. Daí nascerá a bolha interna.
Alimente-a diariamente, e ela logo crescerá.