domingo, 17 de janeiro de 2010

Parece mais é que tiraram pra lavar
e esqueceram dentro da máquina;
Nem no varal, pra respirar
foram capazes de estender.

Só espero que abasteçam no posto mais próximo, agora que estão cientes.
Inconsequencia seria álcool, no lugar de gasolina.

sábado, 16 de janeiro de 2010

vácuo

Cheguei a confundir o próprio conformismo.
Confusão, conforto e conformação, não necessariamente nessa ordem.
Nem sei bem o que me passou. Para ser sincera, acho que nem palpável foi. Não, nem sentir, senti, sinceridade.
Naturalidade, poderia ser a definição. Não poderia, na verdade, mas me parece considerável.
Reconsiderável.
O mundo observado com olhos diretos me parece muito mais limpo mesmo. Mais simples.
Confiável.
Fico feliz.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um fio de cabelo no colchão, dois cubos de gelo no calor, o vento perfumado, o ônibus de três pontos...
Tudo faz falta.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

(ren)ovação.

Vadia forma que o presente brinca nas letras de um passado atravessado, nem tão bem enterrado assim.
Cada detalhe visto com a letra, a cor da letra, a textura, maldita letra, maldita cor, letra de dor.
Recortes e colagens ressentidos com a leveza do lilás, a letra bonita e a carta deixada - mofada e embrulhada em palavras de alguns quilometros.
Agora é ano novo e a rua virou festa, o mês, nem interessa, a hora corre e o vento gela a pele, todos contam os segundos, de nada importa a pressa.
Atrás da estante, um novo truque. Arrepio... E o medo de (mais) um improviso.
Corre em vulto, diminui o passo, risca o risco.
No relógio, mais duas andadas de ponteiro. Certeiro, o disco, levado menino. Magia, feitiço; e o jogo de olhares, de sorrisos e palavras, o brilho dos traços sentido em uma renovação, um único momento, salva-vidas, campeão.
Escondido entre olhares, o silêncio festivo dos amantes: Os mesmos tratantes que há um segundo juravam as mesmas juras àquelas almas enganadas.
Presentes.
Merda de impulso, cego, o coitado. Não o impulso, eu digo, o impulsado.
Pobres vítimas de merda.
Na cortina aberta, os fogos comemorativos.