Por toda parte, e por todo inteiro.
Perseguição, diluída na esponja, reprimida nos dedos, por obsessão.
Mais um passo, e um suspiro. Mais outro passo, e o silêncio.
Óleo, relva, névoa. O obscuro, o tormento. Incerteza e dor, dor que tortura o íntimo de modo que, aos gritos pulsantes entre os batimentos, só resta ao rosto contrair-se, em mais algumas ruas alagadas.
Desertos de benevolência, palcos vazios, inaplaudidos.
Num vazio paralelo, uma criança rodopia por entre as cochias, por entre os chicotes, o estalar de dedos, dedos em bocas, nas línguas faladas, gritadas, cuspidas, entonadas ao som de um velho vinil riscado.
E entre laços, balanços e palhaços, o espetáculo para ninguém. O ruído das portas se abrindo e fechando - Fantasmas risonhos e desenrolados, desenvolvidos, comunicados, como fora dito que chegariam, junto à frente fria.
Palmas e agradecimentos, risadas, taças a tilintar. Não se sabe o que mais brilha, entre as quatro rachadas paredes. Não se percebe o que está ofuscado, entre as quatro insanas paredes. Não se entende como há tanto, e tão pouco: Como vê-se tanto as cascatas cintilantes sobrenaturais como as poças intermináveis de sangue fresco, entre as quatro inexistentes paredes.
sábado, 27 de junho de 2009
Funcionamento
Hiatos circundando locais movimentados, figuras acompanhadas, um pretérito mais-que-abandonado.
Ambíguo como uma boca com boca não deveria ser. Ilógico, como essas linhas demonstram ser.
Abismos jogados, punhais cortados.
E por toda essa lama que escorre dos olhos, pelo rosto e pelo corpo, num caminho sensual e imundo, escorre junto cada edifício, e cada construção, cada apelo, nu e entregue, em vão.
E que se quebre, que se leve pelo vento, às árvores a chacoalhar, num ritmo lento e estonteante, viciado, deslumbrante, e ilusório, por assim ficar.
Ilusão. Lógico. Redução ao psicológico. Numa confusão de entorpecentes irrelevantes e momentos, cenas marcantes.
Ambíguo como uma boca com boca não deveria ser. Ilógico, como essas linhas demonstram ser.
Abismos jogados, punhais cortados.
E por toda essa lama que escorre dos olhos, pelo rosto e pelo corpo, num caminho sensual e imundo, escorre junto cada edifício, e cada construção, cada apelo, nu e entregue, em vão.
E que se quebre, que se leve pelo vento, às árvores a chacoalhar, num ritmo lento e estonteante, viciado, deslumbrante, e ilusório, por assim ficar.
Ilusão. Lógico. Redução ao psicológico. Numa confusão de entorpecentes irrelevantes e momentos, cenas marcantes.
Assinar:
Postagens (Atom)