terça-feira, 17 de maio de 2011

Boa noite, você, que é por quem tenho carinho.

Ando tão triste, e os motivos aparentes são tão banais que não me convencem.
Sinto falta de coisas que nem sei, coisas que ainda nem vivi, e quero. Quero andar em passos seguros, no reto de quem tem domínio claro sobre os próprios pés. Entende, andar assim, até longe, até uma vila dessas abarrotadas de casinhas antigas, onde haja vento gelado, noite com lua e você do meu lado. Cafona. Assim.

Não quero mais feridas fundas feitas com palavras. Menos ainda, quero arranhões daqueles tipos extremos, com a ausência delas - não tem coisa pior que o grito mudo do seu silêncio comigo.
E nem quero mais te cortar, te doer daquela forma toda. A gente merece descanso de tanto rasgado, meu amor.

Ando tão triste, e só. Lágrima e Sal até amanhã, até o dia seguinte, acontece. Um exemplo lugar-comum, um daqueles momentos repentinos em que viver-é-foda-morrer-é-difícil.

Mas com você, é fácil de sair. Quando existe você por aqui, pra me ouvir e me conversar enquanto tomamos um café com leite ao som daqueles comerciais engraçados da TV. Funciona, assim.
Acontece e funciona, assim.

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