terça-feira, 23 de novembro de 2010

Casualidade de um telefonema escrito.

- É que a gente precisa se encontrar, sabe como é, muito tempo sem conversar me deixa assim, meio arrastada.

- Assim que a sopa esfriar, prometo que chego aí.

- Ah! Não se esqueça do açúcar! Muito açúcar e muita canela.

- Você e essa sua mania... Cuidado com os excessos, menina. E a canela, é mesmo necessária? O gosto já é forte sem ela.

- Gosto mais porque fica exótico. Adoro coisas exóticas.

- Adoro papos sem fim... Assim, filosóficos. Você está assim pra mim, hoje.

- Estou assim, como uma conversa? E sem um fim?

- Está assim, como eu gosto. Por isso que às vezes fico de saco cheio de você.

- Pois então alegre-se: É recíproco!

- Não gosto dessa palavra. Sempre me perco nela.

- Às vezes me perco em palavras também... Mas é nelas que sempre acabo por me achar.

- São tão detestáveis.

- E amáveis, na mesma linha.

...

(E por aí vai)

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