terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Geração café e cigarros"

"Haviam chegado a um ponto em que verbalizar morcegos poderia arruinar tudo, mesmo que nada houvesse a ser arruinado. Mesmo que sequer houvesse morcegos."

É o que se pode esperar de um feriado cinza como esse. Terça feira, veja só, e com cara de domingo. Um domingo amargo, mais que café, mais que cigarro. Durou pouco.

Tudo culpa da cor. Um domingo cinza assim, e uma fotografia tão colorida, pra quebrar toda a moldura. Dessa vez, não escorreu só pelas paredes.

Como pode, me diga então, como pôde? Viver assim, num passado de "espinhos pra enganar o coração". É de minha índole, é sim, e assumo o que vier de reclamação.

Sei que conhece essa música: É longa, rasgante até. A tenho ouvido há alguns dias indefinidos, embora a tenha conhecido depois, é verdade. Pena não ter dado tempo - pena não ter sido eu quem lhe batia à porta para mostrá-la.

Hoje esvaziei mais um daqueles meus muitos frascos guardados de saliva. É que são tantos, que têm dias que o acúmulo me obriga a quebrar com força no chão algum mais sensível.

Sentimentalismo. Isso sim é que é uma merda.
"Ela é mais sentimental que eu, então fica bem se eu sofro um pouco mais".

Que se afundem os sentimentais. Sentimento sem açúcar, gosto de estragado.
Que se afundem, mais que eu, nesses copos sujos de água e limão, pra passar a ânsia - e formar mais um frasco pra aumentar a coleção.

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