quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um quarto de hora

Um copo de água cheio.
Um grito, calado no peito.
O tempo, mais que sóbrio, lento.
Recesso, acesso, alento.

A flor, a cor, o campo.
A noite, a corte, o manto.

E mais duas peles absorvidas
Uma quente, outra fria
Outra fria, uma quente,
e assim sucessivamente.
Até restar apenas o momento,
o presente.

Sem pele, sem cor, mas cheio.
Como o primeiro copo, mais três.

E a percepção da sobriedade relativa.
E a comunicação, a vontade, a cretina:
A saudade, aplicada com morfina.

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