quarta-feira, 20 de maio de 2009

Nine O'clock

Sorrisos iluminando a noite, pedras chutadas ao longe por tênis surrados.
Avenida movimentada, fria, mas lubrificada por vozes envergonhadas, olhares constrangidos, que exalam uma alegria contida e intensa, adotada somente pela vivência do momento.
Horas jogadas fora, aproveitadas, caminhando sem pressa, apressadas. Mais duas horas, por favor. Mais três minutos, se possível.
Risadas abafadas, gostas de suor.
Depressa, mais depressa. O mundo não tem dono hoje, um universo sem governo, algum lugar inteiro.
E já são nove da tarde. Tarde da noite, que não tem fim. Já são nove da manhã.

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