segunda-feira, 15 de abril de 2013

Hoje eu vim pra falar da tranquilidade dessas suas pernas tortas puxando as minhas e da calma ensonada que me transmite esse seu ombro com cheiro - tão seu - de banho recém tomado. Vim pra falar do bloco afro que traz a sensaçãozinha rígido-respirada de você-de-volta, do viaduto paulistano de purpurina forrado inteiro pra nós e também do nosso colchão inventado, retalhado em piso de madeira, pronto no nosso imaginário de desejos a serem realizados (se equilibrando entre o crepe europeu e a pipoca com filme no sofá). Vim pra falar da inspiração-expiração suspirada que me invade quando você solta o cabelo lá de cima até o meio das costas, dá risada com o grampo no canto do lábio e sai pulando que nem criança boba que faz arte. Vim falar de artista, atriz, menina linda-sensível-intensa que você é, e do bem que faz numa tarde de domingo, numa madrugada de sexta, num começo de noite de segunda-terça-quarta-quinta e num sábado inteirinho. De correr na rua, de dançar pulando (ou de pular dançando), de todos os sentidos e sentimentos, "respirando humaneza sem culpa", de mãos dadas.

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