segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

(ren)ovação.

Vadia forma que o presente brinca nas letras de um passado atravessado, nem tão bem enterrado assim.
Cada detalhe visto com a letra, a cor da letra, a textura, maldita letra, maldita cor, letra de dor.
Recortes e colagens ressentidos com a leveza do lilás, a letra bonita e a carta deixada - mofada e embrulhada em palavras de alguns quilometros.
Agora é ano novo e a rua virou festa, o mês, nem interessa, a hora corre e o vento gela a pele, todos contam os segundos, de nada importa a pressa.
Atrás da estante, um novo truque. Arrepio... E o medo de (mais) um improviso.
Corre em vulto, diminui o passo, risca o risco.
No relógio, mais duas andadas de ponteiro. Certeiro, o disco, levado menino. Magia, feitiço; e o jogo de olhares, de sorrisos e palavras, o brilho dos traços sentido em uma renovação, um único momento, salva-vidas, campeão.
Escondido entre olhares, o silêncio festivo dos amantes: Os mesmos tratantes que há um segundo juravam as mesmas juras àquelas almas enganadas.
Presentes.
Merda de impulso, cego, o coitado. Não o impulso, eu digo, o impulsado.
Pobres vítimas de merda.
Na cortina aberta, os fogos comemorativos.

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